terça-feira, 22 de abril de 2008

"Com nove candidaturas, resultado é imprevisível"

Em matéria publicada hoje em A Tarde, Paulo Fábio Costa, cientista político e autor de Tradição, autocracia e carisma: a política de Antonio Carlos Mgalhães, analisou as "Incertezas no jogo sucessório" do município de Salvador. Para ele, caso haja convergência das nove possíveis candidaturas em quatro ou cinco, "o segundo turno pode ser polarizado entre um candidato da tradicional esquerda e outro do chamado grupo carlista". Entretanto, se os partidos arriscarem e optarem pela "pulverização" de candidaturas no primeiro turno, "o resultado é imprevisível", declara.
Paulo Fábio acrescenta que se este impasse permanecer, a candidatura da esquerda tradicional pode ficar de fora do segundo turno: "Vamos ver se o governo Jaques Wagner vai deixar que esse assunto seja conduzido pelas leis de mercado ou entrará em campo para fazer mediação entre legendas da base aliada".

Na política, alianças são imprescindíveis para qualquer campanha ou governo, pois ninguém é capaz de arrecadar maioria de votos ou manter boa popularidade sem conseguir apoio, firmar acordos ou compromissos com outros grupos. Neste momento, não seria melhor deixar de bater pé firme com posturas intransigentes e optar pela conciliação? Oposição também pode ser isso, desde que ao invés de uma mutilação, fortaleça os partidos aliados e impeça o adversário de crescer. Cabe aos partidos e candidatos, que visam ocupar o Palácio Thomé de Souza em 2009, decidir: pulverização e grandes riscos ou alianças?

Um comentário:

Carlene Fontoura disse...

é um saco ficar vendo essas briguinhas de camarote. pô, é tão difícil ver alguém sério na política. e essas alianças não passam de táticas de poder. tipo, não se importam com as reais necessidades da sociedade, mas com os benefícios vão ter. dá um desânimo!